sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Amo-te assim

É o amor verdadeiro que se deseja. O amor puro, sem constrangimentos. O amor dos tempos idos, que levou à morte de Romeu e Julieta. Aquele amor que nos faz viver, ou morrer, conforme os dias.
O amor que nos faz arriscar, que nos faz cometer loucuras, que nos faz agir sem pensar. Aquele que leva a um beijo fogoso em público como se ninguém estivesse a olhar. Aquele que leva uma pessoa a ser romântica, quando nunca antes fora.
Aquele que nos faz puxar os nossos próprios cabelos. Aquele que nos agonia quando nos imaginamos sem ele. Aquele que nos esmaga, que nos dilacera, que nos desfaz em pedaços nos ciúmes doentios.
O amor puro é o melhor. Exige tudo de nós, tira-nos tudo, deixa-nos sem nada nosso. É arrasador. Passa por nós como um furacão, e deixa uma tempestade atrás. Não podemos dizer que não notamos a sua presença quando passa. Nós arrancamos o nosso coração do peito, para ele nunca mais voltar igual.
Nós da-mo-nos para esse amor. Ele que nos arranque a alma. Mas que nos faça viver no limite. No limite entre a felicidade e a dor. Na corda bamba entre o ser e o não ser. Só somos quando amamos. Amar é existir. Amar é sentir o coração nas mãos a derramar sangue enquanto bate desalmadamente, sem parar. Amar é nunca parar, é respirar o ar fresco da manhã como se nos inundássemos de vida, e cair no escuro da noite sabendo sempre onde pertencemos.
Amamos e queremos tudo. Mas queremos dar muito mais que tudo.
O amor puro é intenso, e é tão bom de sentir.

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