segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

No fundo, amamos-te Coimbra

Respiro-te Coimbra.
O teu nome não é só saudade.
O teu nome é um misto de emoções e memórias.
Caminho nas tuas ruas que nunca acabam, e fantasmas também as percorrem, fantasmas doutros tempos, que aqui foram tua família.
És de todos os que aqui passam e te vivem como se o coração pulsasse ao mesmo tempo que o teu próprio. Vives como eles as suas paixões e as suas desilusões. A cada esquina uma nova paixão se forma, paixões avassaladoras, trocas de olhares, que nunca se concretizaram em palavras.
O Mondego corre a teus pés, levando as lágrimas daqueles que deixaram os seus corações seguir imprudentes caminhos, e daqueles que um dia tiveram que te dizer adeus.
Não és só saudade, mas és sobretudo saudade.
Não há palavras que descrevam o quanto preenches na vida dos teus estudantes, és aulas, és rua cheia de gente, és monumentos históricos, és canção, és serenatas, és capas ao vento, és preto e branco, és nossa.
Abraças os teus estudantes com a capa e aconchegas. Entre cada derramar de lágrima há um sorriso, por saberem o quanto os fazes feliz.
Nunca te direi adeus.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

De tempos a tempos gosto de t(i)e escrever.


Guardo aquilo que tenho teu. Tal como guardo o teu sorriso numa gaveta. O teu cheiro. O teu abraço.
Guardo-te no meu coração. 
O vento vai soprando. O sol vai nascendo e vai-se pondo vezes e vezes sem fim, no horizonte. A lua vai aparecendo escondida entre as nuvens, ou entre as árvores. Eu vou olhando para as estrelas e penso se não estarás nesse preciso momento a fazer o mesmo. Como te conheço, é possível que estejas. Como eu és um apaixonado por elas, que estão tão longe, mas não se cansam de brilhar.
Como um dia foi prometido, voltámos a ver-nos. O mundo já tinha girado e as coisas estavam diferentes. Mas carrego-te no meu coração, e terás sempre um lugar só teu apesar de aos poucos ir te deixando ficar pelo caminho. 
Não gosto de pensar em se's, gosto como as coisas foram verdadeiras, simples e bonitas entre nós, no fundo isso é sempre o mais importante, no fundo é o que importa. Não chorarei mais por ter acabado, nem me recriminarei por algo que pudesse ter sido diferente.
Ainda hoje sorrio só de pensar em ti.


"Te echo de menos"

[11.01.2013]

Palavras a ninguém -

Essa ânsia.
Tens mil pensamento dentro de ti, e queres libertá-los ao mundo.
Não tens certezas, no teu pensamento nada faz sentido. Mas queres dar-lhe sentido.
Um segundo poderia ter feito a diferença entre uma palavra dita e uma palavra silenciada. Mas esse segundo nunca passou a tempo. E de um momento para o outro todas as tuas incertezas foram expelidas de ti como uma única certeza. Venderias certezas se pudesses.
Mas são certezas temporárias. Quanto duram elas? Uma semana? Duas?
Porquê essa ânsia em dar certezas ao mundo?
Porquê essa pressa em dar sentido ao que não tem que ter sentido?
Porque essa pressa em prender um coração? Porque essa pressa em querer tudo de uma vez? Não sabes que se esgota? Saberias disso quando quiseste tudo desde logo? Saberias que estaria condenado?