domingo, 21 de dezembro de 2014

Luzes de natal

Enche a tua casa de luz. Faz os olhos de todos brilhar, e aquece-lhes o coração. Dá o máximo de ti, e não te afogues na tristeza dos outros, e afugenta a tua falta de ânimo. Pega na mão dos outros e espalha a magia que vai dentro do teu coração. O resto vem de seguida. 
Só hoje, finge que tudo é real.
Quem sabe, o pai natal te ofereça isso este ano.. 


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Consumida

O silêncio consome-me.
Sinto-me enclausurada, nesta fome de ser e de ter, nesta ânsia pela companhia, pela mão que procure a minha automaticamente, pelo beijo depositado numa respiração mais profunda, num bater do coração, inesperado.
Consome-me o bater do relógio que não deixa o tempo passar, e me faz ficar ansiosa porque o dia é tão lento.
Consome-me a minha mente, que não deixa este silêncio ser de paz, e me atropela com pensamentos que não quero ter.
Sinto-me tensa, e a cabeça pesada. Sinto náuseas e sinto o coração na garganta. Porquê ser humano?

Acordar

O corpo rosna contra o despertador. É cedo ainda para acordar, e as mantas não o deixam levantar. É bom de mais a almofada que se afunda com o peso da cabeça, e o colchão que se molda ao corpo, e lá fora é tão escuro, frio e perigoso. Oh como não queria despertar e esquecer o mundo por um bocado. Era bom apenas permanecer deitado. Quase se deixou ficar, clamando mais 5 minutos, duas a três vezes, mas o tempo escasseia, e a dormir nada se chateia, e a vida seria tão sem graça assim.
E lá se levantou, com um olho ainda meio fechado, por causa da claridade, vagueou um pouco enquanto procurava que vestir, e quando apanhou o autocarro ainda ia meio a dormir. Mas o dia já tinha começado.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Parte, mesmo que fiques

Quero expulsar-te amor, da minha jaula sem grades. Quero que partas mesmo que fiques, e que me destruas o coração duma só vez.
Não sei viver assim, de coração inteiro, porque nunca me permiti a aprender como se faz. E hoje, a hora vai tardia e o coração ainda não partiu, e tu ainda não foste embora. Mas na minha cabeça vejo-te virar as costas com a mão noutra companhia, e a partir sem acenar.
Sofro assim, um pouco todos os dias, como esperando que, se realmente partires, não vá doer um só dia assim que fores.
Mas quem sou eu para ler mentes e adivinhar futuros amor?
Acho que sou alguém que não conseguiu aprender a ser inteiro, nem a avançar sem tropeçar.
Estou ainda a aprender a manter o equilíbrio - caminha a meu lado enquanto estiver a aprender, e não me deixes cair.