sexta-feira, 19 de julho de 2013

Só sabia que gostava de ti.

Foi repentino. Olhei-te e soube que gostava de ti. Não sabia a tua cor preferida, não sabia os teus hobbies, os teus gostos e preferências, não sabia os teus hábitos e rotinas, não sabia que estavas sempre a rir, nem conhecia esse teu lado preocupado em fazer os teus amigos sorrir a toda a hora, nem que eras capaz de gestos românticos tão naturais e sempre no momento certo. Não sabia dessa tua espontaneidade que hoje é das coisas que mais gosto em ti. Nem dessa tua sinceridade sem limites. 
Não sabia que eras tão parecido comigo em tantas coisas. Nem sabia que serias o interruptor para acalmar as minhas preocupações.
Só sabia que gostava de ti, e que nunca poderias ser "só mais um". 
É tudo tão certo. És tão certo.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Realidade


Isto não é um conto de fadas.
Não és um príncipe, e eu não sou uma princesa, não preciso de ser salva, nem de um beijo para acordar.
Não há um "viveram felizes para sempre" à nossa espera no fim da história.
Nós vamos construindo a nossa história, todos os dias, com um virar da página, porque haveria de haver um fim?
Os contos de fadas não são reais. O que temos é.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Puro

Não preciso alongar-me.
Procuro palavras para conseguir descrever o que mais de maravilhoso me aconteceu, e só tendo a complicar. Mas é fácil, e tão tão simples. Apaixonei-me. Apaixonei-me por alguém que realmente merece, por alguém que honestamente vale a pena.
Poderia falar sobre o por do sol, ou sobre borboletas no estômago, mas são isso tretas comparado com o sorriso fácil, as gargalhadas infinitas, os abraços apertados, os beijos demorados, os corpos entrelaçados, a amizade tão sincera, verdadeira e profunda, as minhas rabugices, os ciumes inventados dele, 
É quase palpável a ligação que nos une no espaço vazio entre nós. É bom saber que em 2 meses construímos uma base sólida de amizade,  onde a regra é sermos sempre 100% nós mesmos. 
Que poderia desejar eu mais para ser feliz? acho que nada.

domingo, 14 de julho de 2013

“As I Walked Out One Evening"

As I walked out one evening,
Walking down Bristol Street,
The crowds upon the pavement
Were fields of harvest wheat.
And down by the brimming river
I heard a lover sing
Under an arch of the railway:
“Love has no ending.
“I’ll love you, dear, I’ll love you
Till China and Africa meet,
And the river jumps over the mountain
And the salmon sing in the street,
“I’ll love you till the ocean
Is folded and hung up to dry
And the seven stars go squawking
Like geese about the sky.
“The years shall run like rabbits,
For in my arms I hold
The Flower of the Ages,
And the first love of the world.”
But all the clocks in the city
Began to whirr and chime:
“O let not Time deceive you,
You cannot conquer Time.
“In the burrows of the Nightmare
Where Justice naked is,
Time watches from the shadow
And coughs when you would kiss.
“In headaches and in worry
Vaguely life leaks away,
And Time will have his fancy
To-morrow or to-day.
“Into many a green valley
Drifts the appalling snow;
Time breaks the threaded dances
And the diver’s brilliant bow.
“O plunge your hands in water,
Plunge them in up to the wrist;
Stare, stare in the basin
And wonder what you’ve missed.
“The glacier knocks in the cupboard,
The desert sighs in the bed,
And the crack in the tea-cup opens
A lane to the land of the dead.
“Where the beggars raffle the banknotes
And the Giant is enchanting to Jack,
And the Lily-white Boy is a Roarer,
And Jill goes down on her back.
“O look, look in the mirror?
O look in your distress:
Life remains a blessing
Although you cannot bless.
“O stand, stand at the window
As the tears scald and start;
You shall love your crooked neighbour
With your crooked heart.”
It was late, late in the evening,
The lovers they were gone;
The clocks had ceased their chiming,
And the deep river ran on.
W. H. AUDEN

Milkshakes

"Daydream delusion
Limousine Eyelash
Oh, baby with your pretty face
Drop a tear in my wineglass
Look at those big eyes
See what you mean to me
Sweet cakes and milkshakes
I am a delusion angel
I am a fantasy parade
I want you to know what I think
Don’t want you to guess anymore
You have no idea where I came from
We have no idea where we’re going
Lodged in life
Like two branches in a river
Flowing downstream
Caught in the current
I’ll carry you. You’ll carry me
That’s how it could be
Don’t you know me?
Don’t you know me by now?"
#Before Sunrise

terça-feira, 9 de julho de 2013

Eternidade

Não tenho certezas, nunca fui uma mulher de certezas na verdade.
Posso dizer que sou uma mulher de esperanças e continuidade. Nunca de eternidades. Tudo é finito, porquê atirarmos ao céu mentiras para rivalizarem com ele? Vivemos no sonho da expansão infinita acima de nós e deseja-mo-nos assim. Onde eu vivo o sol fica vermelho e tinge o céu durante umas horas, como o sangue que dizemos derramar por aqueles que nos fazem chorar e nos devolvem o coração feito esfarrapo.
Onde está a eternidade nisso?
Eu não tenho canção de amor, nem conto estrelas de mão dada. Não grito por atenção mesmo que o meu corpo entorpeça com o calor da tarde.
O tempo passou rápido por mim, cem lições para ensinar; não sei se cresci ou fiquei menos crente.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A morte do rei.

E a única opção é matar.
Atirar esperando a bala encontrar o seu caminho.
Dar um grito ao mundo, avisa-los, porque o rei vai cair.
Haverá sangue numa lâmina,
Estilhaços pelo chão sangrento,
E um conjuntos de buracos, balas alojadas por todo o corpo
Deixando o sangue fluir,
Até secar, até ser um cadáver,
Até ser comida para bichos e insectos,
esses nojentos,
que do nojo se alimentam.
Do morto.
Haverá rostos carregados,
que passam na rua e não reparam,

não reparam na poça de sangue viscoso,
como se ela fizesse parte das pedras mármore 
já sujas do tempo.
Ninguém acredita nesse fim.
Os finais felizes não existem.