terça-feira, 9 de julho de 2013

Eternidade

Não tenho certezas, nunca fui uma mulher de certezas na verdade.
Posso dizer que sou uma mulher de esperanças e continuidade. Nunca de eternidades. Tudo é finito, porquê atirarmos ao céu mentiras para rivalizarem com ele? Vivemos no sonho da expansão infinita acima de nós e deseja-mo-nos assim. Onde eu vivo o sol fica vermelho e tinge o céu durante umas horas, como o sangue que dizemos derramar por aqueles que nos fazem chorar e nos devolvem o coração feito esfarrapo.
Onde está a eternidade nisso?
Eu não tenho canção de amor, nem conto estrelas de mão dada. Não grito por atenção mesmo que o meu corpo entorpeça com o calor da tarde.
O tempo passou rápido por mim, cem lições para ensinar; não sei se cresci ou fiquei menos crente.

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