segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Coragem

Muitas vezes sou frágil e quebro. Quebro nas lágrimas que choro, nas náuseas que me tiram a fome, no aperto que me fecha a garganta e me custa respirar. Sou frágil nos momentos de pânico que me fazem querer gritar, sou frágil nos momentos de doçura que me fazem silenciar. 
Ainda sonho com a felicidade e ainda me acredito longe de a alcançar. Para mim alcançar a felicidade não é ter um vislumbre dela a cada virar da esquina enquanto corro para a apanhar; é sim toca-la, acaricia-la, é deixar o medo ir embora porque ganhei nova companhia.
Mas compenso essa fraqueza quando enfrento as gotas grossas da chuva e as deixo lavar-me a cara e encharcar-me até gelarem os ossos.
Sou forte quando  enfrento o silêncio e o tento apreciar. Sou forte também quando calo a dor que fica presa na garganta, embora se espalhe pelo meu corpo e me magoe. Sou forte quando enfrento o futuro, sem nunca desistir de mim. Sou forte quando aceito o passado, e aprendo com ele. Sou forte quando admito os meus erros e peço perdão. Sou forte quando perdoo quem me magoou mais que um dia imaginei ser possível. Sou forte quando ignoro defeitos e valorizo qualidades. Sou forte quando confio cegamente. 
Sou forte quando amo alguém mais que a mim própria.

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