sábado, 20 de outubro de 2012

Queria ser correspondida, mais uma vez

Hoje sinto-me nostálgica e vou dirigir-me a ti que já saíste da minha vida:
Já lá vão uns meses, desde aquele dia em que te conheci. 
Hoje, como há outros (quase) tantos meses, mantenho o "adeus", ao teu intermitente "até um dia". 

Quando te conheci, pensei seres a pessoa certa. Primeiro, quis manter os pés assentes na terra.Não criei sonhos em relação a nós. Serias simplesmente um amigo. Um amigo muito parecido comigo, uma pessoa tão semelhante, como não me lembrava de antes ter encontrado. Era capaz de estar tempos e tempos a falar contigo. Depois, quebraste-me as barreiras com as tuas palavras. Não consegui resistir. Não quereria resistir mesmo que conseguisse.
Mas um dia tudo tende a acabar, e nós acabámos muito cedo. Ainda estava a começar a saborear o teu calor junto a mim, a habituar-me à tua "presença". Por breves momentos, quando me desiludiste e fugiste de mim dum momento para o outro, quando eu pensava que já nem eu ia fugir de nós, garanti que nunca te deveria ter conhecido. Foi por breves momentos. 
Agora, não digo estar apaixonada por ti. Não estou. Somos meros desconhecidos. Não trocamos palavras, apesar de eu já ter tentado uma aproximação. Queria a tua amizade, porque eu realmente gostava de ti. Talvez daqui a uns dias, talvez daqui a uma semana, talvez te volte a dizer "olá". Mas admito que foi bom conhecer-te. Foi bom saber a sensação de conhecer a pessoa quase perfeita para mim. Digo "quase" porque não eras a pessoa perfeita. Mas ainda hoje eu recordo aquilo porque passámos e sei que gostava de repetir. Não contigo, nem de igual forma. Mas gostava de voltar a sentir que a pessoa seria perfeita para mim. Que encaixávamos como duas peças únicas para completar um puzzle, e lhe dar sentido. Que eu queria tanto como a outra pessoa formar um "nós". Sim, acho que no fundo posso dizer que é disso que sinto falta. Sinto falta de partilhar interesses. Sinto falta de partilhar as visões. Sinto falta de ser correspondida. Posso quase dizer, que não é de ti que sinto falta, mas sim do que tivemos. Foi tudo muito rápido. Um amor condenado desde o inicio, que mesmo assim lutou durante uns tempos contra as adversidades. E quando desististe, eu quis culpar as circunstancias. Talvez seja por isso que parece tão perfeito. Nunca houve uma discussão. Nunca um desentendimento. Foi tudo demasiado repentino, e hoje tendo a só me lembrar do que de bom se passou entre nós. Talvez seja um erro, mas não sei vê-lo de outra forma.

Não és só tu que te apaixonaste por outra. Eu, que já antes tinha sentido algo de especial por alguém, depois de me deixares voltei a sentir por essa pessoa. Mas essa pessoa, essa pessoa não olha para mim da mesma forma. E sabes o quanto isso é crucial? Sabes o quanto é crucial para mim ser correspondida? Só quando me sinto correspondida abro o meu coração totalmente. É por isso que ainda hoje penso em ti, e naquilo que senti. Porque para ti abri o meu coração sem reservas. E apesar de me teres virado as costas, e de hoje não falarmos, ainda lembro quando reservavas sorrisos só para mim. 

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