domingo, 8 de novembro de 2015

Sem titulo

Tinha uma caixinha no fundo do quarto. Para onde fugia quando o mundo era triste. Lá eu saltava, sorria, vivia. Como em criança, no meu mundo mágico. Escolhia quem era, o que fazia... só entrava quem eu queria. 
Um dia essa caixinha rachou, partiu, ficou um caco. Não tinha mais para onde fugir. Tentei cola-la, repara-la, não desistir... Tentei viver lá, mesmo assim. Mesmo estragada, sem reparação. Cravou-se uma ripa no meu coração. 
Sem ter mais para onde fugir, deixei a infância ir embora. Vou enfrentar o mundo lá fora.

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