quinta-feira, 16 de maio de 2013

há homenagens.

Tempo,
encarregas-te de dar contratempos.

a respiração sobrepõe-se à música de fundo. uma bailarina dança ao som da caixa de música. tem cabelos longos e ondulantes, não há vento mas eles esvoaçam como se também quisessem dançar.

Havia planos.
fugiram quando fechaste os olhos por segundos.

a bailarina fecha os olhos, o corpo parece dançar sozinho, como se fosse constituído pela própria musica. mas ouve-se a respiração profunda, de alguém adormecido, de alguém perdido. a realidade pode ser fria e cruel. Pode fazer um coração parar da bater. é suster a respiração, levar com um baque surdo de nada.
Era ter tudo na palma da mão, com ela bem esticada num precipício, e acreditar que nunca iria perder-se.
A queda foi grande, e a confiança nada segurou.

A bailarina continuou a dançar. alheia.

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