quarta-feira, 11 de maio de 2016

Às desilusões. Aos dias demasiado comprimidos. Aos dias cinzentos e frios. Às tristezas. Às dores. À vida.
Mondego, que corres para a foz. Tocaria as tuas águas ou não tivesse receio de me inclinar demais e cair. Mas olho-te, e imagino-me a flutuar, devagar, para longe desta cidade. Para longe do mundo. Para longe de pessoas. Longe do mal.
E redes, que às vezes imagino transpor, separam-me de ti. 
E os abraços esquecem nas memórias das finas laminas que cortam a pele. 
E nada importa quando os olhos se fecham.

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