quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Impede-me resignação, não tarde demais

Agarro-me à tábua que flutua,
Esqueço-me dos dias e das horas-
o espaço, é infinito.
Abalo a fé, e as esperanças,
abalo o mundo inteiro
com a mão escorregando,
com a água me balançando
num oceano que criei.

O mar está bravo,
posso largar a tábua
ser engolida pela agitação
dissolver-me em espuma
ir abaixo na tormenta
ser enrolada na anarquia.

A desordem está em mim:
Um oceano infinito,
No meu âmago.
Que não pode sair
e me afoga.

Se pudesse ao menos chora-lo...

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