segunda-feira, 20 de abril de 2015

O relógio

Toque. Baque surdo. O silêncio da noite chegou para ficar. Tirando o som irritante do relógio que não pára de tocar. E aquela luz entre os buracos da persiana que não deixam a escuridão entrar. E o som distante de cães que ladram ao luar.
Irritante.
Como o tempo passa sem que o sono chegue. Como a mente vagueia entre mares de pensamentos desconectados antigamente.
É do sono, que chegam os pesadelos, Que combatemos todas as noites em duelos.
E fica e fica, e bate e bate, e toca sem que passe.

Era uma vez,
a princesa salva pelo príncipe,
e os heróis em aventuras sem fim,
e os romances apertados,
e as tragédias dramáticas de mortes ensanguentadas,
com final feliz.

E já não há sono que não venha com histórias, nem sono que venha entre as memórias.
E a noite passa até clarear, e chega o sono quando é hora de trabalhar. E fica-se mais um pouco, porque quem não dorme é louco. E mais uma noite está para chegar, sem príncipes ou heróis.

E fica e fica, e bate e bate...


Sem comentários:

Enviar um comentário