quinta-feira, 20 de março de 2014

Sem titulo.2

O tiquetaque marca um tempo, um tempo semi-esquecido.
Parei, talvez. Ou ele andou sem mim. Queria eu, que ele fosse embora, e me deixasse.
Talvez num mundo sem tempo não se chorasse nem risse. Talvez num mundo sem tempo eu não me cansasse de viver. É assim que me descrevo, uma cansada, não sei bem de quê, não sei se da vida.
Talvez sem tempo eu não me deixasse cair. Cair por vezes em abraços sem querer, cair por vezes no vazio. Talvez cair fosse proibido, talvez, só talvez eu não chorasse por dentro como choro agora.
Sem tempo talvez não pensasse.
Sem tempo talvez não existisse, e isso seria tão bom agora.

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