O café amarga, mas já não está quente, e é fácil segura-lo entre as mãos.
As nuvens ao longe anunciam chuva, embora o dia tenha nascido com sol.
A cidade já mexe, porque o sol já vai alto. Mas por aqui, a preguiça instala-se e os olhos ainda não abrem na totalidade. O coração parece bater mais lentamente, e o sangue não quer fluir pelo corpo com a energia habitual. Há dormência por todo o lado aqui.
Desvia os olhos do bulir da cidade, e espreita para a cama que a espera tentadoramente. E os contras são tantos, quando a favor está apenas a vontade. O melhor é fugir da tentação, e sentar na secretária de costas para ela.
O toque do relógio desperta um pouco daquele sono encantado, mas a culpa está estampada nos olhos, por se deixar arrastar naquele impasse entre o fazer e não fazer.
O corpo não responde mesmo assim.
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